FA e frações de fosfatase alcalina

06 de abril de 2021

A fosfatase alcalina (FA ou ALP) é uma enzima não específica. O principal uso da ALP é como um indicador sensível de colestase no cão (aumentará antes da bilirrubina), porém não é específico porque a presença de corticosteroides (exógenos ou endógenos) induz a produção desta enzima, com aumentos subsequentes na atividade sérica ou plasmática. No gato, porém, a ALP é um indicador específico da doença hepática, enquanto em animais de grande porte, a enzima não é muito útil.

A amostra de sangue deve ser colhida em um tubo soro ou heparina. A diminuição da atividade é rara, e o aumento indica alterações nos tecidos que produzem (ex. hepático, ósseo) ou uso de certos medicamentos.

As alterações ósseas não necessariamente são malignas, podendo ocorrer devido ao animal estar em fase de crescimento ou a regeneração de alguma fratura, mas alguns tumores ósseos também podem levar ao aumento da enzima. A colestase é a diminuição ou interrupção do fluxo biliar, sendo então uma alteração hepatobiliar podendo ser causado por hepatites, lipidose hepática e cálculo biliar. Já o uso de certos medicamentos corticoides como prednisona e dexametasona ou barbitúricos como o fenobarbital entre outros, em cães pode levar a uma maior produção da fosfatase.

Os itens citados acima são apenas algumas das possíveis alterações que o aumento da FA pode indicar, para se ter certeza da origem podem ser determinadas as frações de fosfatase alcalina, que é um exame capaz de diferir se o aumento tem origem óssea, induzida por medicamento ou hepatobiliar. De qualquer forma o veterinário responsável deve considerar a condição em que o animal se encontra para decidir qual a fonte provável do aumento da enzima.

Escrito por: Cecília Maieron – Estagiária Blut’s

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